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terça-feira, 23 de março de 2010

Os “Babacas” do CQC


Nada como um incentivo para voltar à ação. Confesso que meu estômago andou fraco, minando minha tolerância a tantas idiossincracias brasileiras, mas ao ver a reportagem do Proteste Já do CQC na Band, tomei uma batelada de sal de fruta e decidi reabilitar meu blog. Afinal, estamos em ano de eleição e as baixarias e mentiras já estão povoando os canais de TV, as emissoras de rádio, os sites na Internet... Enfim, estamos mais uma vez – e com a benção da lei eleitoral – expostos a essas indignidades chamadas propaganda eleitoral gratuita e voto obrigatório.

O Sr. Rubens Furlan (PMDB), prefeito da cidade de Barueri, diante do flagra do desvio da TV de plasma doada a uma escola, não pensou duas vezes antes de chamar a equipe de apresentadores do CQC de ‘babacas’. E pelo número de vezes que ele repetiu a tal palavra, acredito que ela faz parte de seu parco vocabulário diário. Consigo até mesmo ver, com os olhos da minha analítica imaginação, o momento em que foi eleito pelo voto popular obrigatório: “Os babacas votaram em mim! Oba!”. Pena que, com a reportagem que foi ontem ao ar, o povo de Barueri descobriu como funciona a linha de pensamento desse infeliz cidadão.

Não se limitando a expressar sua despropositada opinião diante do delito exposto pela reportagem, o Sr. Furlan estendeu suas infelizes conclusões, dizendo ..."são uns babacas, sem nenhum talento, uns tontos, malandros, que se veem no direito de ridicularizar o Congresso. Quem são vocês? Quem são vocês?”(sic). Bom, a isso eu posso responder que eles do CQC e todos nós, cidadãos brasileiros – como bons babacas que somos – podemos nos dar ao luxo de ridicularizar outros babacas, especificamente os por ora políticos sem nenhum talento, tontos, malandros, que se veem no direito de ridicularizar quem os elegeu com sua corrupção e falta de caráter.

E agora – e como tragédia pouca é bobagem – eis que vem aí mais um turno eleitoral para que nós, babacas de carteirinha (ou melhor, de título eleitoral obrigatório), tenhamos que arrastar nossa babaquice até as urnas para darmos um cargo muito bem remunerado a esse tipo de gente. Mas resta uma esperança, assim espero: a de que o CQC e outros profissionais da mídia jornalística não se calem, investiguem, cutuquem e, por fim, derrubem do seu alto trono esses ‘pequenos ditadores’- como bem definiu "aquele babaca careca" (sic), também conhecido como Marcelo Tass. Afinal, se "os sete babacas" (sic) conseguiram cortar várias asas em Barueri, o que não farão todos os babacas unidos?