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domingo, 28 de março de 2010

Falta de Caráter Deveria Governar um País?

A interrelação humana é, sempre foi e sempre será problemática. As pessoas são diferentes, não apenas por sua genética, mas pelo próprio meio ambiente onde foram criadas e devido às necessidades específicas que têm. Não é difícil intuir que todas essas diferenças acabam gerando posturas de vida diferentes, que levam a diversas opiniões sobre o que é certo e errado, sobre o que é pertinente ou não. Qualquer um de nós já esteve em uma reunião ou festa e viu que ânimos podem ou não se exaltar, mas que frequentemente as pessoas discordam umas com as outras.

Se ampliada essa dificuldade básica de relacionamento humano a um país inteiro, sabe-se logo de cara que não vai haver uma plácida concordância nacional. Alguns dirão que passam fome, outros enfatizarão que carecem de recursos intelectuais e outros afirmarão que pagam demais e levam de menos. Resumindo, uns querem assim, outros querem assado. Isso é normal e engrandece a condição humana em sua eterna busca por justiça e equilíbrio. E em sendo essa questão levada com consciência e carisma, sempre haverá um meio termo satisfatório e benefícios a todos.

Infelizmente, por vezes não existe a intenção de solucionar uma questão. A História está repleta de exemplos onde o equilíbrio foi simplesmente trocado pela ganância pelo poder. Utiliza-se uma desculpa – normalmente o descontentamento de uma massa populacional desfavorecida – para se conseguir as ferramentas para se dominar a situação. Uma vez no poder, a facção longe está de representar às necessidades daqueles que deram seu apoio, pois desde o começo o foco foi apenas adquirir poder e suas consequentes vantagens.

Tivemos a infelicidade de ver a greve dos ‘professores’ do Estado de São Paulo. Pedras foram jogadas na polícia e desejava-se invadir intencionalmente a área de segurança do Palácio Bandeirantes, o que feriria a lei e a ordem, sem as quais um país não pode existir. Uma manobra eleitoreira, pois embora o Brasil inteiro esteja em um caos educacional, greves desse porte só na cidade de São Paulo, reduto da oposição ao atual governo. E ficam perguntas: é esse tipo de gente, que joga tão maliciosamente baixo, sem ponderação ou intenções positivas, que devemos ter em nosso governo? É disso que o Brasil precisa? É disso que qualquer povo precisa?

terça-feira, 23 de março de 2010

Os “Babacas” do CQC


Nada como um incentivo para voltar à ação. Confesso que meu estômago andou fraco, minando minha tolerância a tantas idiossincracias brasileiras, mas ao ver a reportagem do Proteste Já do CQC na Band, tomei uma batelada de sal de fruta e decidi reabilitar meu blog. Afinal, estamos em ano de eleição e as baixarias e mentiras já estão povoando os canais de TV, as emissoras de rádio, os sites na Internet... Enfim, estamos mais uma vez – e com a benção da lei eleitoral – expostos a essas indignidades chamadas propaganda eleitoral gratuita e voto obrigatório.

O Sr. Rubens Furlan (PMDB), prefeito da cidade de Barueri, diante do flagra do desvio da TV de plasma doada a uma escola, não pensou duas vezes antes de chamar a equipe de apresentadores do CQC de ‘babacas’. E pelo número de vezes que ele repetiu a tal palavra, acredito que ela faz parte de seu parco vocabulário diário. Consigo até mesmo ver, com os olhos da minha analítica imaginação, o momento em que foi eleito pelo voto popular obrigatório: “Os babacas votaram em mim! Oba!”. Pena que, com a reportagem que foi ontem ao ar, o povo de Barueri descobriu como funciona a linha de pensamento desse infeliz cidadão.

Não se limitando a expressar sua despropositada opinião diante do delito exposto pela reportagem, o Sr. Furlan estendeu suas infelizes conclusões, dizendo ..."são uns babacas, sem nenhum talento, uns tontos, malandros, que se veem no direito de ridicularizar o Congresso. Quem são vocês? Quem são vocês?”(sic). Bom, a isso eu posso responder que eles do CQC e todos nós, cidadãos brasileiros – como bons babacas que somos – podemos nos dar ao luxo de ridicularizar outros babacas, especificamente os por ora políticos sem nenhum talento, tontos, malandros, que se veem no direito de ridicularizar quem os elegeu com sua corrupção e falta de caráter.

E agora – e como tragédia pouca é bobagem – eis que vem aí mais um turno eleitoral para que nós, babacas de carteirinha (ou melhor, de título eleitoral obrigatório), tenhamos que arrastar nossa babaquice até as urnas para darmos um cargo muito bem remunerado a esse tipo de gente. Mas resta uma esperança, assim espero: a de que o CQC e outros profissionais da mídia jornalística não se calem, investiguem, cutuquem e, por fim, derrubem do seu alto trono esses ‘pequenos ditadores’- como bem definiu "aquele babaca careca" (sic), também conhecido como Marcelo Tass. Afinal, se "os sete babacas" (sic) conseguiram cortar várias asas em Barueri, o que não farão todos os babacas unidos?